Que passa por hoy?
Preso
em minhas paisagens mentais peculiares e restritas, fica difícil olhar ao
redor. O óbvio torna-se obscuro. A amplitude do ponto de vista se restringe. Sofro
os horrores de ser impelido às pedras do meu próprio mar de emoções, nem sempre
calmas, nem sempre virtuosas, nem sempre positivas.
Vivo
inconstante. Por vezes ressoando conforme o ambiente. Por vezes, muitas vezes,
incapaz de ceder à qualquer movimento do mundo que me cerca. Rígido. Preso!
Acessar
de conteúdos mais amplos e realidades mais autruístas às vezes beira o impossível.
Deslocar-se nesse sentido? Muitas vezes nem mesmo quero saber que a possibilidade
existe. Nem mesmo questiono. Sigo responsivo. Preso em uma paisagem de onde
julgo ser o único ponto a ser considerado. Tento ostentar qualquer coisa. Eu e
minha própria coRôa de Espinhos, que não vejo! Através dos filtros que olho o
mundo. Conceituo.
Por
vezes, existem momentos em que tento mudar de sentido. Ao mesmo tempo que
a visão consegue alcançar modos mais elevados
de seguir, a energia não segue o mesmo destino. Assim, a visão torce novamente o pescoço na
direção anterior e segue abraçada pelas fortes companheiras, as emoções! Sim,
elas de novo! Àquelas, cujo termo ”mar” formaram à linhas acima.
Sempre
que me perco, são nelas. São elas que invadem a casa e sequer me dão permissão
para questionar, seja lá o que for. Assim, perco. Respondo. Prisioneiro!
Neste
ponto? Batalha perdida. Sim, batalha. Isso consome energia. Isso gera marcas. Isso
reforça padrões.
Por
vezes me saio, bem. Por vezes.
Nessas
horas, confesso que tento aproveitar. Abro bem os olhos. Tento respirar. Sorrio.
Já me disseram que nessas horas alguém pode aparecer e fuder tudo! Quem? O
Orgulho! Portanto, CuIDADO!
Tento
não nascer orgulhoso! (risos)
Tento
sustentar a paisagem elevada!
Mais
um passo a frente!
Mais
um dia que passou!
Mais
um “eu” que daqui se despede da velha casa.
Rumo
à impermanência!
Inconstante!
Ando!
ANDES!
HASTA LUEGO!
HERMANO!
Curitiba,
17/02/2013